Infectologista defende o tratamento precoce: “estratégia deve ser combinada contra a COVID-19”

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Defensora do tratamento precoce contra a Covid-19, a infectologista Roberta Lacerda criticou a ideia de que a ciência deve se resumir a apenas vacinas, mas também deve incluir um protocolo de prevenção da doença.

– Se tornou um monopólio: só é ciência se for vacina, e tratamento precoce é coisa de desesperado. […] Desde o início, eu disse: “A estratégia tem que ser combinada”. É vacina, é tratamento internado, é tratamento precoce, porque não se investiu em nenhuma pesquisa de tratamento precoce – disse em entrevista ao Jornal das Seis, da 96FM de Natal, neste sábado (27).

Roberta Lacerda defendeu o uso da ivermectina contra a Covid-19 e disse que países como Índia, México e Peru tiveram sucesso ao controlar o avanço do vírus após especialistas adotarem o uso do composto.

– A grande questão da Covid é o timing. Você tem que ter um timing para cada droga, para cada medicamento, em cada fase. São três fases da doença: a replicativa, [a] inflamatória e a fase da fibrose pulmonar, onde pouco ou quase nada pode resolver – pontuou.

A infectologista também criticou a postura de médicos ao simplesmente mandarem os pacientes para casa sem instruí-los a fazer nada.

– Tem alguém na minha frente sofrendo há cinco dias com febre, dor no corpo e diarreia e estão mandando para casa com dipirona, dizendo que esta pessoa não precisa fazer nada. Isto é criminoso. Isso é uma falácia. Eu não concebo que as pessoas até este momento não estão à vontade com as evidências porque não tem corpo racional, com qualidade, que já tem… não é mais momento para dizer que não tem qualidade – afirmou.

Lacerda citou ainda o Instituto Nacional de Saúde da Inglaterra (National Health Service – NHS) e disse que o sistema está chamando pessoas do grupo de risco para repor vitamina D, mediante orientação médica, para não haver excessos. Ela defendeu que deve existir um ambulatório para a prevenção de doenças crônicas para auxiliar pessoas a protegerem-se tomando a dose correta, para não se prejudicarem.

PESQUISA

A infectologista também mencionou uma pesquisa contra a hidroxicloroquina e a cloroquina, publicada pelo New England Journal e The Lancet, acusando os jornais de serem “comprados”. O estudo defendia que os medicamentos poderiam causar “arritmia grave”, mas precisou ser retirado e retratado após não passar pela revisão dos pares.

Na ocasião, o The Lancet afirmou que a pesquisa levou em conta 96 mil pacientes em 671 hospitais de seis continentes, mas a empresa americana de saúde Surgisphere Corporation não transferiu o conjunto de dados completo, pois violaria contratos com clientes e confidencialidade.

– Com esse desenrolar dos fatos, não podemos mais garantir a veracidade das fontes de dados primárias. Devido a esse acontecimento infeliz, os autores solicitam a retirada do artigo. Lamentamos profundamente a você, editores e leitores do periódico, por qualquer constrangimento ou inconveniência que isso possa ter causado – escreveram após o episódio.